Sexta-feira, 29 de Julho de 2005
toma.jpg

A razão que me leva a escrever este artigo é a de que eu VOU DE FÉRIAS!!!
Como tal, durante algum tempo vão ficar privados dos meus artigos, isto porque VOU DE FÉRIAS!
Mas não quero contudo dizer, que enquanto eu estiver DE FÉRIAS, não pense em vocês. Principalmente naqueles que se encontrarem a trabalhar, enquanto eu estiver DE FÉRIAS.
Não desesperem, porque eu, VOU DE FERIAS, mas volto! Por isso vou deixá-los (as) durante uns tempos na companhia do meu ilustre amigo Killi, que certamente não irá deixar ao abandono, este tão afamado blog. Sim porque enquanto eu estiver DE FERIAS, não vou ter tempo para estas merdas.
Pois muito bem, aproveito para me despedir de todos (as), com um até breve. É que não sei se sabem mas eu, VOU DE FERIAS!!!


Gregos ou Troianos...
Continuem bem!


publicado por pjohnny às 16:47 | link do post | comentar | ver comentários (5) | favorito

Quarta-feira, 27 de Julho de 2005
É uma questão de solidariedade que me leva a escrever estas linhas.
São o meu testemunho de uma situação que cada vez mais afecta o homem português, visto proliferarem em cada vez mais habitações, equipamentos higiénicos compostos por tinas de banho com opções de fricção ou compressão de água, das partes musculares do corpo e articulações (e não só, como veremos mais á frente) vulgo "Banheira de Hidromassagem"...
Assim sendo passo a descrever a situação...
No fim de semana de 23/24 de Julho do ano 2005, encontrando-me eu pleno de força e inspirado devido á quantidade de mail's enviados para a minha (grande) caixa de correio electrónico (por falar nisso...obrigadinho ó Paulinho das estradas) decidi convidar uma amiga para um fim de semana a dois!
Depois de um belo jantar, regado por um excelente vinho, levei-a para a sala, criei um ambiente assim tipo... "lusco-fusco" meti um bracinho por cima dos ombros como quem não quer a coisa e perguntei se lhe apetecia algo...
"- Olha, gostava de vêr a tourada que está a dar na TVI" ...
Obviamente o bracinho saiu a grande velocidade de cima do ombro da menina e passou-me pela cabeça abrir a janela do 2º andar e convidá-la a vêr as estrelas...
Mas não é sobre as minhas tácticas de persuasão, ou sobre como é possível que uma corrida de touros transmitida na TV possa rasgar as forras do sofá de casa, que eu decidi escrever este artigo... E por isso mesmo passemos ao dia seguinte e aos factos que interessam!!!
Por ter na minha casa de banho uma banheira de hidromassagem (se bem que já tenha pedido ao construtor para me fazer o favor de a substituir por uma menos perigosa) decidi, em má hora, levar a amiga para lá e experimentar "amandar" uma queca envolto em bolhinhas de espuma com cheiro a Lavanda e Jasmim (parece coisa apaneleirada mas cheira bem!)
Comecei a encher a banheira e despejei um niquinho de creme (que nada tem a vêr com o creme lubrificante que, aposto, vos passou logo pela cabeça) para fazer as bolhas... Mas já dizia a minh'avó que a pressa é inimiga das perfeições, e eu, sem a calma que me caracteriza, não segui as instruções da dita banheira e (sei agora) não coloquei a quantidade de água que devia ter colocado. Adiante... Começámos nos beijinhos, e nos...se bem que não interesse nada para a história, estava tentado a contar-vos os pormenores, mas para não ferir susceptibilidades (que este blog é visto por famílias em horário nobre) não vou contar!! Depois do interlúdio estávamos já prontos para a peça principal quando eu murmuro ao ouvido da menina : "_ Amor...não queres carregar aí nesse botãozinho???" Mas isto como quem não sabe, é como quem não vê, a coisa não teve o efeito esperado... Pelo menos para mim! É que ao que parece é necessário verificar a orientação dos orifícios por onde sai a água, para que os mesmo não estejam muito altos e não espalhem a água para fora da banheira... Pois eu não fiz essa verificação (até porque estava ocupado com outros orifícios.... - falo do ralo da banheira obviamente, para que não se desperdiçasse água que estamos em tempo de poupança)...
E agora perguntam os meus amigos (e amigas)... "E depois??"
Bom, depois o que aconteceu foi que, assim que a minha amiga carregou no dito botão, a banheira começou a fazer um barulho assustador e assim de repente, e sem pré-aviso, sai um esguicho de água com uma pressão desmesurada que me foi atingir (ele há coisas...) mesmo em cheio no tomate esquerdo (que até é o mais enfezadito) deixando-me com uma enorme dificuldade em articular a palavra que me assomava aos lábios...."-Fod...............!!!!!!!!!!!!!"
Como devem calcular, desliguei o botão, vazei a banheira (só...) tomei um duche, vesti o pijama, comi uma canjinha de galinha e fui prá caminha!
(não interessa aqui escrever o destino que levou a amiga, porque não é ela a personagem principal da história)
Espero assim poder ter contribuído para que no futuro, mais nenhum homem venha a sofrer o que eu sofri... Por isso já sabem...Quando se prepararem para dar uma na banheira de hidromassagem, não se esqueçam que o nível da água tem de tapar os orifícios e, mais importante, estes têm de estar orientados para baixo ou em linha recta, mas nunca, NUNCA, para cima...Ou então fiquem vocês por baixo e a menina que apanhe frio nas costas....


publicado por pjohnny às 12:02 | link do post | comentar | ver comentários (19) | favorito

Quarta-feira, 20 de Julho de 2005
selecção.jpgeste foi um mail que recebi e que decidi por bem partilhá-lo convosco
A linguagem pode ser um pouco PESADA, mas já algum tempo que não lia um e-mail tão puro e duro...


2005-06-01
Mais justo?

Parece que o PM terá dito que desta vez os sacrifícios serão distribuídos de forma mais justa. Mais Justa!!!!?????

São 23 horas cheguei agora a casa, trabalhei hoje doze horas. O meu filho já esta a dormir. Este ano ja paguei em impostos e multas dezenas de milhares de euros, todos os meses pago um balúrdio de TSU, tenho custos financeiros indescritíveis por causa da forma como é cobrado o IVA, pago o PEC sobre um rendimento que pode não acontecer, e este filho da puta vem-me dizer que os sacrifícios serão distribuídos de forma mais justa???

Tenho semanas durante o ano em que trabalho 20h por dia, este fim de semana não sabia sequer que dia era, no dia da greve de uma chusma de paneleiros andei na estrada a pagar portagens e a trabalhar para poder pagar impostos, comecei numa puta duma garagem sozinho e dei trabalho a uma carrada de gente a quem pago o IRS, a Segurança Social, Seguros de Trabalho e todas as taxas que o estado me exige, não negoceio salários brutos, por isso que vão para o caralho com as contribuições dos trabalhadores, pago salários decentes recuso-me a pagar o salário mínimo a seja quem for, investi e perdi, arranjei-me, voltei a investir e falhei de novo, recuperei e investi de novo e consegui.

E estes paneleiros de merda vêm agora dizer-me que os sacrifícios são distribuídos de forma justa??? Sabem sequer o que é não dormir, desesperar, cair e levantar sem pedir um tostão que seja ao filho da puta do Estado? Nem subsídio de desemprego nem o caralho?! E tenho que ouvir todos os dias as queixinhas dos polícias, dos funcionários, dos professores com horário zero(!), dos "funcionários" dos correios, dos anacletos e afins, que fujo ao fisco, que exploro os trabalhadores, que tenho que pagar mais impostos, que sou um parasita????
Já paguei todos os impostos de facturas que até agora não consegui cobrar (IVA e IRC), paguei IRC sobre stocks que não sei se algum dia conseguirei vender e os sacrifícios são distribuídos de forma justa??!!!

Os 2000 funcionários da CM de Albufeira trabalham das 9h às 15h com intervalo para almoço e de caminho a mesma CM entrega e paga serviços a empresas privadas; decidiram mudar a escada da parte velha, fecharam-na, derrubaram a antiga e colocaram a estrutura em metal, após quinze dias retiraram a mesma estrutura e colocaram-na em madeira! E ainda queriam fazer um elevador até à praia!!! E eu pago.

Num qualquer Instituto mais de 50 chulos tratam de 9 (!) putos. E eu pago.

Substituem administradores pagando indemnizações, contratam o Fernando Gomes e o Nuno Cardoso (!!!!). E eu pago.

Inventam Institutos e Fundações. E eu pago.
Inventam as SCUTS. E eu pago. O PEC. E eu pago.
O Presidente apela ao patriotismo. E eu pago.

Sr Presidente, com todo o respeito que me merece--- Vá-se foder!

A CM de Paredes de Coura faz Parques de Estacionamento sem trânsito. E eu pago.

O anacaleto Sá Fernandes rebenta com o orçamento da CM de Lisboa. E eu pago.

Sacrifícios???!! De quem caralho?!

Prestam-me um serviço de merda na saúde, a educação é tão miserável que sou obrigado a pôr o meu puto num colégio privado, nem me atrevo a cobrar dividas em Tribunal devido à miséria que é a Justiça. E pago.

Preciso de uma puta de uma cirurgia e tenho dezasseis mil pessoas em lista de espera, pelo que se não tivesse um seguro de saude estaria como milhares de desgraçados que se calhar já morreram. E eu e eles pagamos.

Os sacrifícios são distribuídos de forma justa??? Como caralho??!!!

E aquela esfinge paneleira de óculos que preside ao Banco de Portugal esta à espera de colectar mais 0,03% do PIB com o aumento do IVA? Pois tenho uma pequenina novidade para o reconhecido génio.

Talhos, advogados, lares, lojas de móveis e outros pequenos negócios que conheço já têm a contabilidade e pagam impostos em Espanha e eu, assim seja possível, no ano da graça de 2006 pagarei todo o IVA, IRC e contribuições em Vigo.

A chulice destes filhos da puta que vá cobrar ao caralho! E quero que se foda a solidariedade e a conversa de merda porque não me sai do corpo para o dar a chulos. Por alma de quem? Mais justo??!!

Ide-vos FODER com a vossa conversa de merda, a mesma de sempre.


publicado por pjohnny às 15:51 | link do post | comentar | ver comentários (4) | favorito

Quinta-feira, 14 de Julho de 2005
Figura121.jpg

Um grupo, de ilustres membros do meu núcleo de amigos. Encabeçado por “Langas” (alcunha pela qual é conhecido este topógrafo). Foi incumbido de executar a árdua tarefa, de fazer o levantamento topográfico de uma propriedade onde vai ser construído um já afamado campo de golfe, já para não falar da controvérsia que o mesmo está a causar. Ou seja, os meninos foram para lá contar sobreiros.
Langas, já anteriormente referido, é o topógrafo, o encarregado do grupo de trabalho.
A alcunha deste ilustre, deve-se à sua velocidade de ponta, o rapaz é tão rápido que envergonhava o próprio Francis Obikewlu (e não está mal escrito, mas aposto que ninguém sabe escrever correctamente sem fazer consulta), posso dizer com toda a certeza, que não há ninguém acima dos 80 anos, mais rápido do que o Langas.
Como seu principal assessor, Ricky! Também conhecido pelo pombo bravo.
Pombo, e passo a explicar; porque ele tem a tendência a espetar o seu largo peitoral para a frente e a andar parece que tem as axilas assadas. Tal é a distância a que os braços se encontram do tronco.
Depois temos o Ninja. Não porque seja perito em artes marciais ou coisa do género, mas porque ele tão depressa está aqui, como a seguir está ali. O Ninja consegue entrar num sítio, onde nunca tinha estado, e ao fim de uma hora já está atrás do balcão a tirar cervejas.
Vidrinhos! Bem, o Vidrinhos é talvez o mais “avariado” do grupo. Talvez não, é mesmo! Sinceramente desconheço a natureza da sua alcunha, pois sou mais amigo do irmão, do que do puto Vidrinhos.
Mas meus caros amigos bloguistas, o Vidrinhos é aquele tipo de pessoa, que se a um aconteceu uma vez, a ele aconteceram duas. Fala, fala, fala... e não diz nada. O puto sabe tudo, mais ao fim ao cabo não sabe nada. Ou não! Bem mas a questão não é essa.
Vasco, ou Vasquinho, como é vulgarmente chamado. É o mais novo da “matilha”, mas é sem sombra de dúvida, o que tem mais juízo. Talvez pela sua tenra idade, o que eu sinceramente duvido. Acho que é mesmo ele, que tem a cabeça realmente assente em cima dos ombros. E não, o rapaz não é tipo Marco Horácio. Ele também tem pescoço.
E o que me levou a mim a fazer esta introdução? Devem estar vocês a pensar agora. Ou não!
Pois muito bem. Este grupo de jovens cuja ocupação principal era irem para à praia à tarde, e à noite irem curtir. Agora levantam-se às seis da manhã, e vão trabalhar. «Até aqui tudo bem.» Pensei eu quando me contaram. Mas o giro é ouvi-los falar do dia de trabalho.
«Às dez da manhã, já temos umas três ganzas fumadas.» Diz um. «Aquilo é o rir.» Diz outro. Mas que raio, como é que estes gajos conseguem ás dez da manhã, fumar três tochas, e ir trabalhar pró meio do mato e ao sol???
Isto a mim realmente faz-me confusão, não é o facto de fumarem três ganzas, porque cada um sabe de si, mas... um gajo fuma aquela merda e fica completamente seco.
- “Vocês são malucos putos. Assim desidratam.” Disse eu armado em mano mais velho
- “Desidratamos nada! Então e o vinho que um gajo bebe ao almoço.” Afirmou logo o Ricky.
Vasquinho, como que a tentar tornar a conversa com mais sentido, interrompe o Ricky. -“Dasse... ó Ricky, também nos fartamos de beber água no mato,”
-“Claro. Só eu bebo três litros por dia.” Diz logo o Ninja.
-“Pois, é por beberes tanta água, que passas o dia a mijar atrás dos sobreiros.” Diz o Ricky.
- “Não é só para mijar!” responde o Ninja e solta uma das suas sonantes gargalhadas.
Bem, acho que todos soltaram uma gargalhada.
O Vasquinho a querer mudar o rumo da conversa afirma. –“Os almoços é que são demais Johnny. A mulher do restaurante já nos conhece, aquilo é um sossego que não se houve uma mosca. Entramos lá, é um granel que não se pode.” E continua. –“Vê lá, que até já temos uma salinha reservada só para nós.”
-“Pudera, a mulher nem os quer ver” respondi.
-“E a empregada? Como é que ela se chama?” interrompe o Ninja.
-“Bucélia!” diz logo o Ricky e a gargalhada é geral.
-“Bu... quê?????”
-“Bucélia!”
-“Isso lá é nome que se dê a alguém?” disse eu, entre gargalhadas.
-“A Bucélia é fixe. Ela trata-nos muita bem.” Interrompe o Ninja, com uma cara mais séria.
-“Não há-de tratar, aquilo é uma aldeola que não se vê ninguém, apanha cinco rapazinhos... ui, ui.” Diz o Ricky. “O Ninja é que é muito amigo dela.” Continuando aí a risota.
-“ Eu curto, é a ganza depois de almoço. Fico com um estalo.” Diz o Langas, pausadamente como é óbvio.
-“Por falar nisso, vou fazer uma.” Diz o Ricky de peito inchado.
-“Eu não quero, vou-me deitar. Tou cansado.” Diz o Ninja, ao mesmo tempo que se levanta da mesa. «Até amanhã pessoal.»
«Até amanhã» respondemos em uníssono.
-“bem...bute lá fumar uma!” diz o Ricky.
E assim, nos levantámos todos e fomos tomar o “comprimido para dormir”. Claro que ainda rimos bastante com as peripécias dos putos enquanto fumávamos, mas isso fica para outra altura. Ou não!

Gregos ou Troianos!
Continuem bem!


publicado por pjohnny às 16:23 | link do post | comentar | ver comentários (5) | favorito

Terça-feira, 5 de Julho de 2005
Antes de postar este artigo, pensei, pensei, pensei...Pensei mesmo muito...Mas mesmo assim decidi escrever. Este artigo não é mais do que um belo exemplo de uma leitura de merda (como tantas que pululam - sim, pululam - por aí nesses escaparates de livrarias)
Convém avisar de que, e para desde já proteger personagens mais sensiveis, este artigo não é - repito NÃO È da minha autoria. Foi um mail que recebi, não sei de quem (e tb não interessa muito saber) e que decidi que merecia estar entre os mais belos textos já publicados na net. Espero que se divirtam tanto a lêr como eu ao escrever...


"Quem já teve uma dor de barriga, sabe como é... esta é uma simples história que poderia ter acontecido contigo...
Aeroporto de Lisboa, 15h30m
Tenho um pequeno mal-estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma cagadela não aliviasse. Mas, atrasado para apanhar o autocarro que me levaria para o aeroporto, do outro lado da cidade,de onde partiria o voo para Estocolmo, resolvi segurar as pontas "Afinal de contas, são só uns 15 minutos de viagem. Ao chegar lá, tenho tempo de sobra para dar uma cagadela tranquilo".
O avião só sairia as 16h30m. Entrei no autocarro, sem sanitários, senti a primeira contracção e tomei consciência de que a minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no wc do aeroporto. Virei-me para o meu amigo que me acompanhava e, subtilmente, disse-lhe:
"Fogo, mal posso esperar para chegar ao aeroporto porque preciso largar a farinheira."
Nesse momento, senti o cagalhão a beliscar as minhas cuecas, mas pus a força de vontade a trabalhar e segurei a onda.
O autocarro nem tinha começado a andar quando para meu desespero, uma voz disse pelo altifalante:
"Senhoras e senhores, devido ao muito trânsito, a nossa viagem até ao aeroporto levará cerca de 1 hora".
Aí o cagalhão ficou maluco e tentou sair a qualquer custo! Fiz um esforço hercúleo para segurar o comboio de merda. Suava em bicas. O meu amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para gozar comigo.
O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais indicando que, pelo menos por enquanto, as coisas tinham-se acomodado por ali. Tentava-me distrair vendo a paisagem mas só conseguia pensar numa casa de banho com uma sanita, tão branca e tão limpa que daria para almoçar nela! E o papel higiénico então: era branco e macio e com textura e perfume e...oops!
Senti um volume almofadado entre o meu traseiro e o assento do autocarro e percebi consternado que havia cagado. Um cocó sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor. Daqueles que dá vontade de ligar para os amigos e parentes e convidá-los a apreciar, na sanita, tão perfeita obra! Daria até para a expor no CCB! Mas, sem dúvida, não neste caso. Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de solidariedade, e confessei-lhe de modo muito sério:
"Olha, caguei- me."
Quando o meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou-me a ficar no centro da cidade, onde o autocarro faria escala a meio da viagem, e que me limpasse em algum lugar. Mas resolvi que ia seguir viagem, pois agora estava tudo sob controlo. "Que se lixe, limpo-me no aeroporto," - pensei - "pior do que estou não fico".
Mal o autocarro entrou em movimento, a cólica recomeçou forte. Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira, mas não pude evitar, e sem muita cerimónia ou anunciação, veio a segunda leva de merda. Desta vez como uma pasta morna. Foi merda para tudo que é lado, borrando, esquentando e lambuzando o cu, cuecas, barra da camisa, pernas, calças, meias e pés.
Logo a seguir, mais uma cólica anunciando mais merda, agora líquida, das que queimam o fofo do freguês ao sair rumo à liberdade. E, no instante seguinte, um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar...afinal de contas o que era um peidinho para quem já estava todo cagado?? Já o peido seguinte foi do tipo que pesa e eu caguei-me pela quarta vez.
Lembrei-me de um amigo que, certa vez, estava com tanta caganeira que resolveu pôr um penso higiénico nas cuecas, mas colocou-o com as linhas adesivas viradas para cima e, quando quis tirá-lo, levou metade dos pêlos do rabo junto. Mas era tarde demais para tal artifício absorvente. Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia ajudar-me a limpar a sujeira.
Finalmente cheguei ao aeroporto e, saindo apressado com passos curtinhos, supliquei ao meu amigo que apanhasse a minha mala na bagageira do autocarro e a levasse aos sanitários do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas. Corri para a casa de banho e entrando de porta em porta, constatei a falta de papel higiénico em todas as cinco portas. Olhei para cima e blasfemei:
"Agora chega, Pá!!"
Entrei na última porta, mesmo sem papel, e tirei a roupa toda para analisar a minha situação (que conclui como sendo o fundo do poço) e esperar pela mala da salvação, com roupas limpinhas e cheirosas e com ela uma lufada de dignidade no meu dia.
Entretanto, o meu amigo entrou na casa de banho cheio de pressa... já tinha feito o "check- in" e disse-me que tinha que ir depressa avisar o voo para esperarem por nós. Mandou por cima da porta o cartão de embarque e a minha maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto de minha parte. Ele tinha-se enganado na mala que eu aguardava e já tinha despachado a mala com roupas. Na mala de mão só tinha um pullover de lã com gola em bico.
A temperatura em Lisboa nesta altura era de aproximadamente 37 graus.
Desesperado, comecei a analisar quais das minhas roupas seriam, de algum modo, aproveitáveis.
As minhas cuecas, mandei- as para o lixo. A camisa era história. As calças estavam deploráveis, assim como as minhas meias, que mudaram de cor tingidas pela merda. Aos meus sapatos dava-lhes nota 3, numa escala de 1 a 10.
Teria que improvisar. A invenção é filha da necessidade, então transformei uma simples casa de banho pública numa magnífica máquina de lavar.
Virei as calças do lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a parte atingida na água. Comecei a dar ao autoclismo até que o grosso da merda se desprendeu. Estava pronto para embarcar. Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direcção ao portão de embarque trajando sapatos sem meias, calças vestidas do avesso e molhadas da cintura até ao joelho (não exactamente limpas) e o pullover de gola em bico sem camisa. Mas caminhava com a dignidade de um lorde.
Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam à espera do "rapaz que estava na casa de banho" e atravessei todo o corredor até ao meu assento ao lado do meu amigo que sorria.
A hospedeira aproximou-se e perguntou-me se precisava de algo. Eu cheguei a pensar em pedir uma gilette para cortar os pulsos ou 130 toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante, mas decidi não as pedir... e respondi-lhe com uma esforçada cara angélica:
"Nada, obrigado... eu só queria mesmo era esquecer este dia de MERDA!"


publicado por pjohnny às 15:04 | link do post | comentar | ver comentários (18) | favorito

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